Estrela do Filme Mais Divisivo de Ridley Scott Revela Por Que Ele Não Conquistou o Público
Guy Pearce, conhecido por sucessos como Memento e Los Angeles – Cidade Proibida, revelou por que Prometheus, de Ridley Scott, não foi unanimidade entre os espectadores. Durante uma entrevista ao Business Insider, Pearce refletiu sobre sua carreira e comentou sobre sua experiência no filme que marcou o retorno de Scott ao universo Alien.
Ao ser questionado sobre qual papel ele preferia interpretar, Peter Weyland em Prometheus ou Aldrich Killian em Homem de Ferro 3, Pearce foi direto: “Acho que Aldrich Killian foi mais divertido. Interpretar Peter Weyland foi trabalhoso, com exoesqueleto e cinco horas de maquiagem prostética.”
O Papel de Pearce em Prometheus
Na trama de Prometheus, Peter Weyland é o magnata que financia a missão ao planeta LV-223. Porém, suas motivações são pessoais, e tudo desanda quando a equipe desperta o Engenheiro do estado de hibernação. Pearce comparou os dois personagens com sinceridade:
“Com esses papéis, ambos em grandes produções de Hollywood, eu já tinha reavaliado como trabalhava. Aldrich, no Homem de Ferro 3, foi uma chance de voltar ao mundo dos estúdios, sem pressão sobre mim. Era um bom personagem, então pude aproveitar e fazer meu trabalho ali.”
Apesar das dificuldades, Pearce parece ter uma afeição maior por sua participação no prelúdio de Alien. Enquanto Homem de Ferro 3 é um típico sucesso de bilheteria, Prometheus gerou debates fervorosos. Parte do público considerou o filme uma grande adição à franquia, enquanto outros não aceitaram a abordagem de Scott. Pearce, no entanto, é do time dos que defendem o filme:
“Eu acho o filme brilhante, mas vou dizer: se você não entende os primeiros cinco minutos, se perde no resto. Eu tive a vantagem de ouvir Ridley [Scott] explicar tudo antes de começarmos a filmar. Adorei, mas foi uma experiência fisicamente difícil. Não podia sentar por causa do exoesqueleto, então entre as cenas me encostavam na parede.”
Prometheus Foi um Bom Filme de Alien?
Quando estreou, as críticas se dividiram. Apesar de ter ido bem nas bilheterias, não foi o blockbuster que muitos esperavam. Isso porque Scott não quis criar um filme que dependesse completamente da conexão com Alien. Ele preferiu uma produção independente com laços sutis à franquia, mais como uma homenagem para os fãs.
Os críticos elogiaram a ambição do filme no campo da ficção científica, mas apontaram falta de ritmo na história. Embora o elenco tenha sido impressionante (Charlize Theron, Idris Elba, Sean Harris, entre outros), a trama focava em Elizabeth Shaw, de Noomi Rapace, que não tinha o mesmo impacto de Ellen Ripley.
No final, Prometheus entregou algo único, mas não o suficiente para satisfazer os fãs que esperavam uma ligação mais forte com o universo original de Alien. Suas camadas filosóficas e religiosas exigiam atenção, e como Pearce mencionou, quem não captou a essência inicial do filme acabou perdido. Ainda assim, comparado ao que viria depois com Alien: Covenant, Prometheus teve seu momento de brilhar sozinho.