Crítica de ‘Carry-On’: Taron Egerton e Jason Bateman Brilham no Tenso Thriller da Netflix


O novo thriller de aeroporto, Carry-On, já está disponível para streaming. Mas vale a pena assistir?

Produzido pela Amblin Entertainment de Steven Spielberg, Carry-On é um dos filmes originais mais esperados da Netflix este ano. O elenco conta com Taron Egerton, conhecido da franquia Kingsman, Sophia Carson de Purple Hearts e Jason Bateman, estrela de Ozark.

Sob a direção de Jaume Collet-Serra (Black Adam, Non-Stop), a trama gira em torno de Ethan Kopek (Egerton), um jovem agente da TSA que tem novos planos de carreira após descobrir que sua namorada, Nora, está grávida.

Durante o feriado de Natal, Ethan e Nora (Carson) chegam ao LAX prontos para enfrentar o dia de voos mais movimentado do ano. Porém, ao receber uma proposta para um novo cargo no scanner de bagagens, a vida de Ethan e a de todos no aeroporto mudam drasticamente.

Ele recebe um fone de ouvido de um passageiro que o apresenta a um viajante misterioso (Bateman), que o chantageia para deixar passar um pacote perigoso em um voo prestes a decolar. Com o “viajante” e sua equipe observando cada movimento e ameaçando quem está perto dele, Ethan precisa encontrar uma forma de impedir os terroristas domésticos de realizarem algo impensável antes que seja tarde demais.

O filme também conta com um elenco promissor, incluindo Danielle Deadwyler (The Piano Lesson), Dean Norris (Breaking Bad), Sinqua Walls (White Men Can’t Jump), Logan Marshall-Green (The Invitation) e Theo Rossi (Luke Cage, Army of the Dead).

Embora o elenco seja um ponto positivo, a verdadeira força de Carry-On reside no confronto entre Egerton e Bateman. A tensão da situação e as atuações de qualidade tornam essa parte da trama a mais envolvente. Collet-Serra, com sua experiência em filmes de conspiração, cria um jogo de gato e rato bem montado que se destaca na maior parte do filme.

No entanto, à medida que o terceiro ato se inicia e as ameaças se tornam menos impactantes, o filme se transforma em uma narrativa mais focada na ação com um enredo político fraco, o que a torna menos interessante em sua conclusão. Apesar de algumas cenas de tiroteio e um pouco de ação, não é isso que dá força a essa versão de Duro de Matar. Algumas sequências são até constrangedoras, como a luta de carro entre a detetive Elena Cole, interpretada por Danielle Deadwyler, e Logan Marshall-Green como “Agente Alcott”. A maneira como a câmera é girada e a iluminação sempre intensa acaba tornando tudo muito artificial. A tentativa de perseguição parece forçada e Deadwyler se afastando de um carro capotado para entrar em outro apenas para fugir é decepcionante.

Filmes como Duro de Matar, Phone Booth, Speed e Air Force One têm a ação, a violência e a ousadia que faltam a esta produção. Carry-On consegue um pouco disso durante 30-40 minutos, mas se torna previsível e comum no ato final.

Carry-On não é um filme de Natal e não se destaca entre os clássicos do tipo “Duro de Matar em um…”, mas consegue gerar emoções suficientes para que você passe bem a sua noite de sábado em dezembro. Bateman e Egerton se destacam e nos mantêm envolvidos por um período considerável, antes que a química entre eles seja deixada de lado. Não é uma má escolha para quem vai rever Duro de Matar ou Máquina Mortífera mais tarde no mês.

Assista a Carry-On Se Você Gostou de

  • Duro de Matar 2: Duro de Matar Mais Uma Vez
  • Phone Booth
  • Non-Stop
  • The Commuter
  • Speed

MVP de Carry-On

Jason Bateman como “Viajante”

Bateman começou como ator mirim, foi estrela de sitcoms, indicado ao Emmy e protagonista de aclamadas séries. Seu currículo abrange comédias, mas ele também sabe fazer papéis mais sérios. Em Ozark, The Outsider e The Gift, ele mostra seu talento em personagens complexos.

Em Carry-On, Bateman apresenta uma nova faceta: frio e calculista, atua nas sombras e só se torna agressivo quando necessário. Ele é eficaz, sem se preocupar com a mensagem ou quem a transmite.

Embora eu prefira o humor e a ironia de Bateman, é interessante vê-lo explorar outros lados de sua atuação.

Um thriller bem construído, mas com limitações. Esta adição ao subgênero “Duro de Matar em um…” não chega a ser tão impactante quanto os clássicos, mas pode agradar aos fãs de Egerton e Bateman.


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